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Rinite Alérgica e Asma Brônquica

A Rinite Alérgica é uma alergia respiratória, que compromete pelo menos 30% da população mundial. Os sintomas da rinite são: nariz entupido, coriza, espirros e coceira, que aparecem com freqüência no nariz, garganta e olhos. Ela também pode levar a complicações como infecção nos ouvidos, sinusites, roncos noturnos, respiração bucal e alteração na posição dos dentes que ficam para frente. Um dos novos conceitos apresentados pelo Aria (sigla em inglês para Rinite Alérgica e seu Impacto sobre a Asma), projeto desenvolvido em colaboração com a OMS, revolucionou o modo como a asma e a rinite são vistas, tratadas e definidas. Hoje, pode-se afirmar que ambas caminham juntas.

Todo paciente com rinite alérgica deve ser questionado sobre a presença de sintomas de asma, e o inverso também é válido. Rinite e asma decorrem de um processo inflamatório na mucosa (camada de pele que reveste nossos órgãos por dentro), atingindo tanto a parte nasal, como a das vias aéreas inferiores. O Aria aponta que 70% dos asmáticos podem apresentar sintomas de rinite alérgica, enquanto 30% a 50% dos riníticos desenvolvem os sintomas da asma. O fator decisivo para que o paciente tenha asma e rinite é a hereditariedade.

Dados do Datasus apontam 6 mortes diárias de asmáticos no Brasil. A OMS mostra que são 100 milhões de asmáticos em todo o mundo, dos quais 180 mil morrem a cada ano por não tratarem da doença corretamente. O recomendado é que o paciente trate a rinite para ter ampliadas as respostas do tratamento da asma.

Entre as orientações, pedimos à família que ninguém fume em casa, que os ambientes sejam limpos e arejados, evitando o acúmulo de poeira e umidade (bolor), e principalmente, que o paciente não caia na tentação de fazer a automedicação. A segunda etapa, após o diagnóstico feito, é evitar as crises, usando o tratamento medicamentoso preventivo, que atua diretamente na inflamação, que é a base da rinite alérgica e da asma. Há medicamentos anti-histamínicos novos e potentes, que agirão no alívio dos sintomas incômodos, como espirros, coceira no nariz, coriza e obstrução nasal. Há o tratamento com vacinas, recomendado para casos específicos. Cabe ao especialista avaliar se o tratamento está sendo adequado ao paciente.

Reconhecendo os principais desencadeantes da Asma e da Rinite Alérgica

  • alérgenos (poeira, mofo, epitélio de animais) e fatores irritantes;
  • infecções virais ou dos seios da face;
  • exercício;
  • doença do refluxo gastroesofágico;
  • medicações ou alimentos;
  • ansiedade (fatores emocionais)

Algumas substâncias não alergênicas também desencadeiam asma porque agravam a rinite alérgica. Estas substâncias, chamadas irritantes, podem provocar a asma. Alguns exemplos incluem:

  • os poluentes do ar, tais como a fumaça de cigarro, a da combustão da madeira, os produtos químicos no ar e o ozônio;
  • exposição ocupacional a alérgenos e aos vapores, à poeira, aos gases ou às emanações;
  • odores fortes ou pulverizadores, tais como perfumes, produtos de limpeza da casa, emanações do ato de cozinhar (especialmente algumas frituras), pinturas ou vernizes,
  • outras partículas transportadas pelo ar, tais como a poeira de carvão, o pó de giz.

Procure um médico alergologista.

Controlando a ASMA

Objetivo do tratamento

  • Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo;
  • Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer;
  • Manter a função pulmonar normal ou a melhor possível;
  • Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações;
  • Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio;
  • Minimizar os efeitos adversos dos medicamentos;
  • Prevenir a morte.